sábado, 10 de novembro de 2012

- tudo louco

Eu dei uns deslizes essa noite,ontem eu amanheci muito animada,arrumei a casa e tal,agendei as aplicações de enzima,e uma entrevista de treinamento,eu estava empolgada sabe.Então em um impulso a noite sai com as garotas para comemorar o aniversário da Carolina,""Eu quis ir!!''.Como sempre com meus descontroles misturei tudo quanto é tipo de alucinógenos,e bateu logo aquela onda da depressão sabe,eu não queria conversar,nem rir,só ficar muito alucinada,então só passa as piores coisas pela cabeça.E a noite não acabou muito feliz. Então fui pra casa da Carol em algum lugar da V.Valqueire,dentro do taxi fiquei pensando nas mesmas neuroses de sempre,aquela chuva,e a historia dela ...por mas que tivemos trajetórias diferentes no fundo só conhece bem aquele sentimento repetino de todas as   vezes que deitamos.
As vezes me sinto aço,e penso que posso mudar tudo,então vem essa rasteira que me devolve pra as coisas que eu mas tenho medo.-As drogas no minimo,essa frustração,falta de paz por dentro é o que mas me mata.
Sei que palavras de criticas faladas são bem mas bonitas,do tipo ''a voce é responsável por tudo!-ha voce precisa ter força de vontade..(bla.bla)'' eu me falo isso todos os dias,e sempre falo isso pros outros eu sei que é dificil ver uma  pessoa que agente gosta se afundando.Mas quando agente vive a situação é foda,e as vezes quando menos espero eu perco todo o controle mesmo.E amanheço,assim sem saber se isso tudo ainda é alucinação,com esse peso na consiencia,e essa sensação estranha nos braços e no peito,me sinto um poço negro,um deserto,um vento,um nada.Eu sei que sou responsavel por minhas escolhas,mas as vezes é como se eu precisasse ser resgatada de mim,porque tenho a impressão que eu mesmo ,mato tudo que poderia ser bom em mim e pra mim,todos os dias!Sinto aquela coisa gritando dentro de mim pra que eu pare agora e mude tudo,pra que eu levante a cabeça e passe por tudo,que eu viva,as vezes tudo parece apenas uma questão de tempo...talvez dias e outras vezes é como se eu nunca fosse conseguir.
Aos 16 anos quando tudo começou eu me senti assim,como se eu tivesse num abismo sem ter onde me segurar,e então tirei a poeira e insisti esse tempo todo que eu tinha mudado e hoje amanheci com a impressão que aquele abismo na verdade nunca saiu de mim.

Jheneffer Ribeiro

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